COMUNICADOS

20-06-2017  PRIMEIRO CAMIÃO DE FENO PARA PEDRÓGÃO

Os produtores de leite associam-se à campanha de solidariedade em curso para ajuda aos criadores de gado de Pedrógão Grande e dos concelhos vizinhos. Em cooperação com os veterinários que estão no terreno a tratar os milhares de animais feridos e famintos, e seguindo o exemplo de outras organizações agrícolas, vamos enviar entre quarta e quinta-feira um camião com cerca de 20 toneladas de feno, oferecido por vários produtores de leite, para alimentar os animais nestes primeiros dias após a tragédia. 20 de junho de 2017. A direção da Aprolep


18-06-2017  PRODUTORES DE LEITE SOLIDÁRIOS COM BOMBEIROS E VÍTIMAS DOS INCÊNDIOS

A APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal, vai oferecer esta tarde 1000 litros de leite destinados aos bombeiros e vítimas dos incêndios das últimas horas. Fazemos esta pequena oferta em representação de todos os produtores de leite de Portugal que estão solidários com todos os que foram afetados pelo trágico incêndio e com todos os que estão a combater e a auxiliar as vítimas.

O leite será entregue cerca das 17horas deste domingo nos Bombeiros voluntários da Trofa, que depois farão chegar o alimento ao destino.A Direção da APROLEP


11-06-2017  ROTULAGEM DE ORIGEM DO LEITE E DERIVADOS

Foi publicado em Diário da República, na passada sexta-feira, o Decreto-lei 62/2017, que “estabelece o regime aplicável à composição, rotulagem e comercialização do leite, dos produtos derivados do leite e aos produtos extraídos do leite”.

A rotulagem da origem do leite foi uma exigência desde a fundação da APROLEP, tendo em conta que a indústria nacional sempre afirmou que os preços baixos aos produtores portugueses eram causados pela importação maciça das sobras de leite e produtos lácteos da Europa, muitas vezes despejados para o nosso país a preços inferiores aos do mercado de origem.

Em comunicado de 24 de setembro de 2010, a Associação afirmou expressamente: “Os consumidores têm o direito de saber onde estão as vacas que produziram o leite que deu origem aos produtos que consomem. Portugal produz leite suficiente para as suas necessidades e os consumidores portugueses têm demonstrado preferência pelos produtos nacionais e confiam na sua qualidade. É importante que a futura legislação impeça importações “escondidas” que possam quebrar essa confiança.”

A rotulagem foi um pedido que repetimos ao longo dos anos em comunicados e manifestações. Mais do que ajudas pontuais que parecem esmolas de Bruxelas, pedimos condições para receber um preço justo que nos permita viver do nosso trabalho. Apesar das falhas ou limitações que a nova lei possa ainda conter e que só poderemos avaliar a partir de 1 de julho próximo, a lei da rotulagem é uma vitória de todos os produtores de leite que lutaram ao longo destes anos. Não é a solução dos nossos problemas, é uma ferramenta que pode ser útil se houver boa vontade da indústria e distribuição.

Esperamos que agora a indústria nacional aproveite esta oportunidade para valorizar o leite nacional, subindo o preço ao produtor e desenvolvendo produtos de valor acrescentado para substituir milhões de euros de produtos lácteos importados pela distribuição e por algumas indústrias, nomeadamente queijo e iogurtes. Esperamos que acabem também as promoções com leite abaixo do custo de produção, que desvalorizam o produto, destroem o mercado e acabam por ser pagas pelos mais fracos na cadeia de valor do leite, os produtores.

Recordamos que continua ativa a crise dos produtores de leite. Em Fevereiro passado, Portugal teve o preço ao produtor mais baixo entre os 28 países da União Europeia (28,3 cêntimos). Estamos há dois anos com preço do leite abaixo dos custos de produção, que podem agora aumentar devido à seca registada na Península Ibérica.

A Aprolep espera em breve poder apresentar estas e outras preocupações e propostas ao Senhor Ministro da Agricultura e ao Senhor Presidente da República.

A Direção da APROLEP


31-05-2017  PRODUTORES DE LEITE PORTUGUESES EM AÇÃO NO DIA MUNDIAL DO LEITE

O Dia Mundial do Leite foi criado em 2001 por iniciativa da FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, para reconhecer a importância do leite como alimento global. Celebramos este ano a 17ª edição, tendo como sub-temas “a boa alimentação, saúde e nutrição”, “o cuidado responsável dos agricultores com suas comunidades, terra e animais” e ainda o “contributo dos produtos lácteos para o desenvolvimento económico e a subsistência das populações rurais”. A data referência é o dia 1 de Junho, mas as celebrações do dia mundial do leite ocorrem em todo o planeta a partir do final do mês de maio e prolongam-se ao longo do mês de junho, podendo consultar-se toda a informação sobre os eventos em http://www.worldmilkday2017.com/ .

A APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal, associa-se a este movimento global organizando na manhã do dia 31 de maio uma visita de 60 crianças a uma vacaria situada em S. Pedro de Rates, Póvoa de Varzim. Na visita, as crianças poderão contactar com os animais, conhecer a sua alimentação, baseada em alimentos produzidos nos campos da região e aprender algo mais sobre os cuidados de bem-estar que as vacas e vitelos recebem dos produtores. Haverá também dinâmicas pedagógicas sobre o leite e alimentação saudável. Este evento está já referenciado na página oficial do Dia Mundial do Leite: http://www.worldmilkday2017.com/world-milk-day-events/event/2485-farm-visit-in-portugal.

Esperamos que esta iniciativa de porta aberta, semelhante a algumas já realizadas, seja exemplo para muito mais visitas que se venham a organizar, de modo a que as crianças, famílias e consumidores em geral possam contactar diretamente com os produtores, com os animais, com toda a realidade do leite, alimento que tem sido atacado, desvalorizado e denegrido por notícias falsas e rumores, sobretudo nas redes sociais.

A criação de animais e a produção de leite são tão antigas como a própria agricultura. Os produtores de leite e a saúde dos consumidores merecem mais rigor e respeito e mais esclarecimento das autoridades competentes e de quem tenha meios e capacidades para defender o leite face aos ataques constantes que desvalorizam o autêntico leite e abrem caminho para outras bebidas de imitação com preço e lucro muito superiores.

Não podemos deixar passar esta data sem sublinhar que continua muito difícil a situação económica dos produtores de leite. A melhoria dos preços registada no mercado internacional dos produtos lácteos quase não teve impacto no preço ao produtor em Portugal, de tal forma que assistimos à vergonha de Portugal ter em fevereiro passado o preço ao produtor mais baixo entre os 28 países da União Europeia. Para agravar, no sentido oposto aumentam os custos com a alimentação das vacas leiteiras. Devido à seca registada na Península Ibérica aumentam os preços dos cereais e palha comprados e aumentará a despesa com a rega dos terrenos, se houver água suficiente nos poços.

Esperamos do Governo a atenção necessária à seca e às dificuldades no mercado, com as ajudas possíveis, mas sobretudo com a rápida implementação da rotulagem da origem do leite, que deve ser obrigatória para todos os produtos importados e não apenas para os produtos fabricados em Portugal.

Esperamos ainda que a indústria nacional aproveite esta oportunidade para valorizar o leite nacional, subindo o preço ao produtor e desenvolvendo produtos de valor acrescentado para substituir milhões de euros de produtos lácteos importados pela distribuição e por algumas indústrias, nomeadamente queijo e iogurtes. Esperamos que acabem também as promoções com leite abaixo do custo de produção, que desvalorizam o produto, destroem o mercado e acabam por ser pagas pelo elo mais fraco da cadeia, o produtor.

A Direção da APROLEP


25-01-2017  ELEIÇÕES E RENOVAÇÃO NOS CORPOS SOCIAIS DA APROLEP

No passado dia 25 de Janeiro, realizaram-se em Ovar as eleições para os órgãos sociais da APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal. Foi eleito um novo Presidente, Jorge Oliveira (Quinta de Sto. Isidro – Trofa), acompanhado na direção por Marisa Costa (Póvoa de Varzim), Jorge Silva (Alcobaça), Eusébio Viana (Odemira) e Carlos Neves (Vila do Conde), que deixa a presidência por atingir o limite de mandatos definido para a Associação. A mesa da Assembleia Geral continua presidida por Álvaro Vasconcelos (Ovar), agora secretariado por Norberto Gonçalves (Ponte de Lima) e Luis Mota (Cantanhede). O Conselho Fiscal será constituído por Pedro Pimenta (Coimbra), José Macedo (Vila Pouca de Aguiar) e José António Teixeira (Amarante). São suplentes da direção José Augusto Mariz (Barcelos), Eduardo Soares (Maia), José Simões (Alcobaça), Miguel Dias da Silva (Vila do Conde) e Sérgio Moninhas, (Vila do Conde). São suplentes do Conselho Fiscal: António Campos (Famalicão), Martina Pronk (Odemira) e António Pereira (Ovar). Será ainda constituído o Conselho Nacional, um órgão consultivo, composto por todos os membros efetivos e suplentes dos corpos sociais e ainda outros produtores de leite representativos do setor.

A APROLEP mantém como objetivos a defesa dos produtores de leite a todos os níveis, a luta por um preço justo, a valorização e defesa do leite e da atividade agrícola perante a sociedade. A nova direção espera captar novos sócios e envolve-los no clima e cultura da associação, promovendo também maior conhecimento e formação através de palestras e ações de formação.


27-12-2016  É TEMPO DE AUMENTAR O PREÇO DO LEITE À PRODUÇÃO

2016 foi um ano muito duro para os produtores de leite em Portugal, com preços extremamente baixos e limites significativos à produção, sendo por isso também um ano de intensa atividade para a nossa associação.

Ao longo do ano, procurámos denunciar o sofrimento, desânimo e desespero vivido por tantas famílias de produtores de leite. Depois de uma vida inteira de trabalho numa atividade que exige dedicação permanente, muitos produtores foram obrigados a vender terrenos, animais de recria, atrasar pagamentos aos fornecedores ou endividar-se até ao limite junto de bancos ou familiares. Será preciso muito tempo, gestão apurada e um preço do leite superior ao atual para recuperar o perdido.

Face a esta situação de preços de miséria e limites de produção, que impuseram uma redução de 4,2% na produção entre Janeiro e Outubro de 2016 face ao mesmo período do ano anterior, propusemos substituir as importações anuais de 500 milhões de euros em produtos lácteos, dos quais 300 milhões em queijos e iogurtes, por produtos lácteos nacionais, mais frescos, mais próximos, de qualidade comprovada e com benefício para a economia nacional. Por isso partimos para a porta dos supermercados em ações de “marketing direto”, denunciando as importações para as suas marcas brancas. Por isso nos associamos a várias organizações agrícolas numa enorme manifestação que alertou para as responsabilidades de Bruxelas mas também apontou a solução imediata da preferência nacional para apoio aos produtores e escoamento da produção. Por isso fomos a centros comerciais, restaurantes e mercearias de todo o país colocar cartazes sobre o consumo produtos lácteos nacionais. E também pela identidade nacional movemos uma centena de tratores para escrever “PORTUGAL” na final do campeonato europeu de futebol que acabámos por conquistar.

Os resultados acabaram por chegar, tanto a nível de apoios extraordinários de Bruxelas e do Governo Nacional (parte dos quais ainda irá ser paga), como na iniciativa do Governo avançar com a rotulagem da origem do leite e produtos lácteos, ainda no compromisso assumido por algumas cadeias de hipermercados para vender apenas leite nacional nas principais referências das suas marcas próprias e terminando numa saudável colaboração entre as associações que representam Produção, Indústria, Distribuição, Ministério da Agricultura e Direção Geral de Saúde para esclarecer os consumidores sobre os benefícios nutricionais do leite.

Falta agora o mais importante: aumentar o preço do leite ao produtor. Depois de dois anos com preços baixos, depois de um ano num esforço brutal de conter a produção e de muitas lutas dos produtores na rua a defender os produtos lácteos portugueses, é tempo da indústria fazer um esforço para acompanhar a recuperação de preços que se regista nos mercados internacionais desde há meses. Todos devemos ter consciência que as ajudas conseguidas em 2016 foram extraordinárias e dificilmente serão concedidas no futuro, estando desde já prevista a redução das ajudas diretas à produção de leite em 2017 como consequência da reforma da PAC e das opções políticas do atual governo. Reiteramos que os produtores de leite não querem depender de subsídios, querem receber um preço justo pelo fruto do seu trabalho e isso depende de uma repartição mais justa dos esforços entre distribuição, indústria e produtores, pois verificámos que os sacrifícios tem sido para os produtores e os lucros para o resto da cadeia. 27.12.2016. A Direção da APROLEP


07-09-2016

A APROLEP participará esta semana na feira agrícola “AGROGLOBAL”, a realizar entre 7 e 9 de Setembro em Valada do Ribatejo, e na feira agrícola “Portugal Rural”, a realizar entre 8 e 11 de Setembro em Vila do Conde. A participação da APROLEP nestes eventos pretende a alertar para a situação dramática vivida pelos produtores de leite e apelar ao consumo de leite e produtos lácteos nacionais, como parte importante de solução para a atual crise do setor.

Este é também o momento de divulgar mais uma edição da revista “Produtores de leite”, cuja capa apresenta “PORTUGAL” escrito com tratores enquadrado por um campo de milho com as cores nacionais. O vermelho representa a dor e sofrimento de muitos produtores de leite. O verde, menor que o vermelho, representa a esperança que nos resta na inversão da atual situação e que passa, entre outros pontos, pela rotulagem da origem do leite e produtos lácteos, para uma identificação clara dos produtos nacionais capaz de esclarecer o consumidor que prefere produto português desde que o consiga identificar.

Nesta ocasião, como em todas as ações realizadas ao longo do ano, temos sempre como objetivo que o produto do nosso trabalho, o leite produzido em Portugal, seja pago a um preço justo, capaz de suportar os custos de produção. Concentrámos as ações dos últimos meses na promoção do consumo de leite e produtos lácteos nacionais, partindo da convicção que substituir as importações por leite português é meio caminho andado para pagar mais e melhor aos produtores e acabar com endividamentos, falências, abandonos, desânimo e desespero que preenchem o campo lácteo nacional. A outra parte do caminho depende de uma repartição mais justa dos sacrifícios e dos lucros entre produtores, cooperativas, indústria e distribuição, de modo a passar mais valor para o produtor.

Reconhecemos a ação positiva do governo português na atribuição de algumas ajudas excecionais, mas convém não criar ilusões com o anúncio repetido das mesmas ajudas, que são ajudas pontuais, limitadas e que ficam muito longe de compensar as sucessivas descidas do preço do leite ao longo de 2 anos devido, entre outros motivos, ao excesso de produção da Europa. Nesse sentido, é urgente que o governo publique rapidamente as regras para candidatura à compensação para a redução voluntária da produção durante três meses, porque combater os excedentes de produção na europa será parte importante de solução na atual crise.

O preço cada vez mais baixo e as limitações de produção impostas por contrato levaram os produtores à exaustão, ao endividamento e ao desânimo. Serão muitos os produtores a abandonar a atividade num futuro próximo se não houver rapidamente uma recuperação no preço do leite e abertura para ajustar as quantidades a produzir em determinadas situações. Deixamos aqui um apelo muito forte e muito direto à indústria nacional para que faça esse esforço de modo a salvar a produção. A Direção da APROLEP


08-07-2016  PRODUÇÃO NACIONAL APOIA A SELEÇÃO NACIONAL

Esta sexta-feira, dia 08 de julho, entre as 15h30 e as 17h00, agricultores e produtores de leite, com apoio da AJADP e da APROLEP, vão organizar uma concentração de tratores num terreno com 40.000 m2, com acesso a partir da Travessa de S. Vicente, junto à nacional 309 em Bagunte, Vila do Conde.

Esperamos a participação de cerca de 100 tratores, para com eles escrever no campo uma mensagem de apoio à seleção nacional.

Com esta iniciativa, queremos enviar à seleção nacional de futebol uma mensagem de força, orgulho e união. Queremos enviar esta mensagem em nome do Portugal profundo, dos portugueses que pela distância ou pelo trabalho não podem ir a Paris nem sequer às praças das cidades com ecrã gigante participar na festa que une a nossa sociedade.

O percurso da seleção nacional é para nós fonte de inspiração na fase difícil que atravessa a produção de leite. Os resultados alcançados são motivo de esperança de que também o produto do nosso trabalho, o leite nacional, seja reconhecido e pago a um preço justo.

Esta é ainda uma oportunidade para agradecermos aos portugueses que nos apoiam ao comprar os produtos nacionais que começamos a ver cada vez mais nas prateleiras dos hipermercados, mas também para recordar que continuamos com preços do leite abaixo dos custos de produção, que precisamos da ação do Governo como árbitro mais ativo e de um patriotismo solidário de indústria e distribuição porque não queremos que mais colegas da nossa “equipa” de produção fiquem “fora de jogo”.

Queremos sobretudo, celebrar Portugal e enviar o nosso abraço e a nossa força à seleção e aos portugueses que a acompanham em França e em todo o mundo. FORÇA PORTUGAL!


07-06-2016  NO BOM CAMINHO

A APROLEP tomou conhecimento de um comunicado hoje divulgado pela Cadeia de hipermercados Continente que “reformula a sua gama principal de leite marca própria e oferece aos consumidores leite 100% nacional nas referências 1Lt de Leite Gordo, Meio Gordo e Magro” e que sublinha também “os benefícios do leite, nomeadamente, que é um alimento rico em cálcio, que combate a osteoporose, que contribui para o desenvolvimento cerebral, para regulação do sistema imunológico, da pressão arterial e do próprio sistema nervoso.”

Da parte dos produtores de leite portugueses, saudamos o novo posicionamento deste importante agente económico do nosso país e esperamos que seja um exemplo seguido por outras cadeias de hipermercados.

Lembramos, contudo, que para a sobrevivência da produção de leite em Portugal é fundamental que, além da origem do leite ser portuguesa, sejam também criadas condições para haver um preço sustentável pago ao produtor, um “preço justo” que permita a sobrevivência das explorações leiteiras em Portugal, o que implicará um esforço de todos para terminar ou reduzir as “promoções agressivas” que desvalorizam o   leite.

Devemos ainda destacar que em Portugal os preços mais baixos e as situações mais dramáticas são vividas por produtores que fornecem direta ou indiretamente queijarias, pelo que é para nós igualmente importante haver também um compromisso de aquisição de queijo flamengo 100% português, feito com leite de vacas portuguesas.

Por último desafiamos o Ministro da Agricultura a avançar com a rotulagem obrigatória da origem do leite, tal como já fizeram os seus homólogos de França e Itália, que apresentaram propostas nesse sentido à comissão europeia, a fim de obterem autorização para essa medida.


20-05-2016  A VACA VOADORA E O LEITE ESQUECIDO

O Sr. Primeiro-ministro apresentou ontem ao país uma vaca voadora para mostrar com bom humor que não existem impossíveis. Pela parte dos produtores de leite, queremos manifestar o nosso agrado pela atenção dada às vacas e fazer votos que o leite das vacas passe a fazer parte da agenda prioritária do Primeiro-ministro.

Com efeito, depois do falhanço da “aterragem suave” que nos prometeram de Bruxelas com o fim das quotas leiteiras, o setor do leite em Portugal enfrenta uma crise real, que tem causas internacionais e exige resposta a nível europeu mas também nacional.

Já que o Senhor Primeiro-ministro falou em vacas e coisas impossíveis, aproveitamos para lhe recordar alguns pontos onde esperamos que com o seu empenho, participação e otimismo seja possível:

– Estabelecer a nível europeu um mecanismo para evitar os excedentes de produção de leite que atualmente ocorrem;

– Reduzir a importação de 500 milhões de euros de sobras de leite e produtos lácteos que resultam dos excedentes do mercado europeu.

– Aumentar a percentagem de leite e produtos lácteos nacionais vendidos nos hipermercados portugueses.

– Acudir aos produtores de leite que estão a vender o leite muito abaixo do custo de produção, alguns com pagamentos atrasados e que não encontram comprador para o leite em Portugal.

– Esclarecer os consumidores sobre a segurança e valor alimentar do leite integrado numa dieta equilibrada.

– Implementar uma rotulagem da origem do leite e produtos lácteos que seja bem visível e de fácil identificação pelo consumidor.

– Acelerar a inovação na indústria e a exportação de produtos lácteos de valor acrescentado para substituir os países clientes tradicionais afetados pela crise do petróleo.


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